sábado, 30 de março de 2013

A Páscoa


Era o primeiro dia da Festa dos pães sem fermento, que fazia parte das comemorações da Páscoa dos judeus. A Páscoa foi a celebração instituída por Deus antes da última das dez pragas que caíram sobre o Egito por faraó ter se recusado a libertar os israelitas da escravidão.

Naquela ocasião cada família sacrificou um cordeiro e passou o seu sangue no batente da porta. Enquanto os israelitas comiam o cordeiro assado dentro da casa, o anjo do Senhor passou sobre o Egito trazendo consigo o último dos dez juízos de Deus contra o Egito, a morte dos primogênitos. As casas cujas portas estavam assinaladas com sangue foram poupadas. O sangue indicava que ali um cordeiro já tinha morrido no lugar do primogênito. A palavra "páscoa" significa "passar por cima".

Li uma história da 2ª Guerra Mundial que falava de uma aldeia na Europa que foi invadida por um grupo de soldados dispostos a eliminar seus moradores. A missão de cada soldado era entrar nas casas, matar todos e, na saída, deixar na porta uma marca com o sangue das vítimas, para que os outros soldados não perdesse seu tempo entrando ali.

Um morador percebeu o estratagema, correu para sua casa, matou um animal e fez o sinal de sangue na porta. Ele e sua família foram poupados. Hoje, quando Deus olha para humanidade, vê duas classes de pessoas: os pecadores salvos, que foram assinalados pelo sangue do Cordeiro de Deus quando creram em Jesus, e aqueles que ainda estão sujeitas ao juízo reservado aos pecadores que não foram salvos.

Muitas coisas que você lê no Antigo Testamento são símbolos de Cristo, e a Páscoa é uma delas. O derradeiro Cordeiro de Deus já foi morto no lugar do pecador, e o seu sangue está agora disponível para assinalar todo aquele que decidir crer em Jesus. Os israelitas naquela noite fatídica no Egito só tinham uma forma de se proteger do juízo de Deus: o sangue de um cordeiro. Você hoje só tem um meio de escapar do juízo eterno: o sangue do Cordeiro.

Portanto, qualquer mensagem chamada de "evangelho" que não fale do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus, como único meio de salvação, não é o evangelho que você encontra na Bíblia. Qualquer mensagem que fale de salvação baseada em boas obras exclui o sangue do Cordeiro. A carta aos Hebreus diz que "sem derramamento de sangue não há remissão [retirada] de pecados"

Naquela noite todas as famílias no Egito perderam seus primogênitos, exceto aquelas identificadas pelo sangue do cordeiro. Deus havia prometido que, quando visse o sangue, passaria por cima daquela casa. E em você, o que Deus vê? Seus pecados ou o sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus?

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/2009/02/111-pascoa.html

quinta-feira, 28 de março de 2013

Um Último Aviso ou "Por Um Triz"

CERTO DOMINGO à tarde, estava eu empenhado em distribuir folhetos evangelísticos a vários trabalhadores das minas de carvão. Estavam gozando o ar fresco e puro, bem como a luz do sol, após uma semana inteira passada na escuridão e insalubridade da mina. 

Atravessava a praça em direção ao portão de meu jardim, quando encontrei dois jovens mineiros que, com passo lento, vinham ao meu encontro. Parei e, escolhendo dois folhetos dos poucos que ainda me restavam, ofereci uma mensagem a cada um deles. Ambos aceitaram, agradecendo, e um deles, rapaz dos seus vinte e cinco anos, forte e de aspecto sadio, parou e leu em voz alta o título do folheto que recebera: "Por Um Triz"

Senti em meu íntimo um solene anelo e, dirigindo o meu olhar para o seu semblante, que patenteava franqueza e honestidade, disse-lhe: 

— Sim, meu amigo, Deus conceda que você atinja o Céu, ainda que seja apenas por um triz. 

Em casa orei: "Senhor, salva aquele jovem"

Na noite da terça-feira seguinte, tinha-me retirado para o quarto a fim de me deitar, quando ouvi bater à porta, pelo que abri a janela e perguntei: 

— Quem está aí? 

— Foi o senhor que, no domingo passado, ofereceu a um jovem um folheto intitulado "Por Um Triz"? — perguntou o homem que havia batido à porta. 

— Sim, fui eu. 

— Então, venha já, por favor — disse ele. 

Vesti-me depressa e acompanhei-o, naquela noite de verão. No caminho ele contou-me que o seu amigo descia à mina, como de costume, mas que saltara do elevador antes de ter chegado ao fundo, tendo sido apanhado e esmagado pela plataforma. Tinha as costelas fraturadas e, disse-me o rapaz, sofria dores horríveis, sem poder falar e respirando com a maior dificuldade. Parecia estar mesmo às portas da morte. 

Quando o jovem que me acompanhava terminou de contar tudo isto, chegamos à casa do acidentado. Lá estava aquele belo e forte rapaz que eu havia encontrado há apenas dois dias, então cheio de saúde e vigor, mas agora totalmente inválido. 

Quando entrei, fitou em mim o olhar e tentou falar; mas não lhe foi possível. 

— Quer que eu leia a Bíblia e faça uma oração por você? — perguntei. 

A resposta foi apenas um fraco som, que parecia significar que sim. Li então em João 3.16: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Então falei-lhe do amor de Deus, anelando a sua salvação; bem como do valor do sangue de Cristo para o salvar. Disse-lhe que, por natureza estava perdido, arruinado; mas que Jesus viera buscar e salvar os perdidos; que Jesus tinha buscado a ele e que muito o desejava; que, havendo feito a obra pela qual o pecado podia ser limpo diante de Deus, podia agora dar-lhe a certeza do perdão de todos os seus pecados, em virtude do Seu sangue precioso. 

Li a bela história do pai e seu filho pródigo (Lucas 15), bem como as breves orações do fariseu e do publicano, no capítulo 18 do mesmo Evangelho, e repeti o versículo: "O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6.37), palavras ditas por Jesus. 

O semblante do enfermo começou a brilhar de esperança, desaparecendo os sinais de desespero que havia manifestado. Fez sinal de querer beber, e sua esposa deu-lhe um copo de água que lhe apoiou aos lábios. Bebeu um pouco e, depois, com profunda surpresa de todos, ele, que até então mal tinha podido proferir um pequeno sussurro, disse em voz clara e de olhos fitos no alto, como se estivesse contemplando Aquele a Quem se dirigia: 

— Por um triz! Deus tenha misericórdia de mim, pecador, por Jesus Cristo. Amém! 

Mal tinha pronunciado a última palavra, a cabeça caiu para trás, no travesseiro, escapou-lhe dos lábios um suspiro trêmulo, e eis-nos na presença do cadáver. 

Nunca me esquecerei daquela cena. Para muitos dos que a presenciaram, foi como uma palavra de aviso da beira da eternidade, e Deus serviu-Se dela para bênção de preciosas almas. 


“Apenas há um passo entre mim e a morte” (1 Samuel 20.3). 
“O Senhor... é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam” (2 Pedro 3.9).


"Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2 Corín­tios 6.2

sábado, 23 de março de 2013

Um Pregador da Antiga Escola


Muitos pregadores estão abandonando as doutrinas solenes e fundamentais da queda espiritual e subsequente ruína e depravação total da raça humana. Raras vezes os pregadores declaram, com nitidez, que somos pecadores perdidos aos olhos de um Deus santo. Os sermões dos nossos antepassados — que procuravam frisar esta verdade constantemente nos corações dos seus ouvintes — são considerados como antiquados e fora de moda. Seja como for, fica conosco um pregador da antiga escola, que nos fala tão claramente hoje como nos tempos passados. Não é um pregador popular, apesar de o mundo inteiro ser a sua paróquia e viajar por toda a parte, falando todas as línguas do globo terrestre. Visita os pobres e os ricos, pregando tanto aos adeptos de todas as religiões como àqueles que não professam nenhuma religião e, seja qual for o auditório, o assunto do seu sermão é sempre o mesmo. 

É um pregador eloquente e, muitas vezes, é capaz de comover o coração que jamais pôde ser comovido por qualquer outro, e faz derramar lágrimas a pessoas pouco habitua das a chorar. Dirige-se à inteligência, à consciência e ao coração dos ouvintes, com argumentos que ainda ninguém pôde contradizer, e não há coração que tenha ficado de todo indiferente aos seus poderosos argumentos. Muita gente o odeia, pois muitos têm tremido na sua presença; mas, duma ou doutra maneira, obriga a todos a ouvirem a sua voz. 

Não é nada condescendente nem delicado. De fato, muitas vezes desmancha combinações feitas e intromete-se bruscamente nos prazeres particulares de cada um! Frequenta as lojas, os escritórios e as fábricas; aparece entre os legisla dores; também se introduz, em ocasiões inoportunas, nos ajuntamentos religiosos. O nome deste pregador é: 

A MORTE. 

Sempre que você pega um jornal, encontra uma parte que lhe está reservada. Cada túmulo do cemitério lhe serve de púlpito. Muitas vezes se vê o seu auditório encaminhando-se para o cemitério ou dele regressando. O falecimento repentino daquele vizinho — a despedida solene daquele parente — a perda daquele amigo tão estimado — o terrível vácuo que deixou no seu coração a morte da esposa tão querida, ou do filho amado — têm sido apelos solenes e poderosos que o velho pregador dirigiu a você. Pode ser que em breve você mesmo sirva de texto para o sermão deste pregador, e do meio de sua própria família, ou ao pé do seu túmulo, ele pregue a outros... Que o seu coração agradeça a Deus, neste momento, a sua permanência ainda na terra dos viventes, e por você não ter, até agora, morrido em seus pecados! 

Você pode livrar-se da Bíblia; zombar de seus ensinamentos; desprezar os seus avisos; rejeitar o Salvador de Quem ela fala. Você pode se afastar dos pregadores do Evangelho, pois ninguém poderá obrigá-lo a frequentar qual quer lugar de culto; você pode queimar qualquer folheto evangelístico que venha a cair em suas mãos. Mas como você se livrará do velho pregador de quem estou falando? 

Homens e mulheres prestes a morrer: pensem na perspectiva que vocês têm diante de si! O tempo de vocês logo terminará — os prazeres em breve chegarão ao fim. VOCÊS TERÃO QUE MORRER. "Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9.27). Peço a você, leitor, que pense bem neste fato. Por que é que a morte tem que existir? Será por simples acaso que uma criatura com tanto poder e competência, como o homem, tenha um fim tão trágico e desonroso? Há uma única resposta para estas perguntas; e, enquanto o pregador da antiga escola andar no seu giro, ele se encarregará de dá-la. Escuta: "Por um homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Romanos 5.12). 

A Queda do Homem não se trata de um simples dogma teológico; é a medonha realidade da qual são testemunhas a história do mundo e a nossa experiência. O pecado é a negra e universal realidade, cuja presença traz a maldição sobre o mundo, e não apenas uma simples palavra da Bíblia, usada pelos pregadores para amedrontar os ouvintes. "Assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram" (Romanos 5.12). Leitor: estas palavras também dizem respeito a você. Você é um pecador; você pecou; sobre você pesa a sentença de morte. 

Um momento após a sua morte e já lhe será sem importância ter morrido em um palácio ou numa prisão. Mas a sua condição por toda a eternidade, se é de infinita tristeza ou de suprema felicidade, isso dependerá do estado espiritual em que você morreu. Se tiver morrido em seus pecados, havendo desprezado o sangue purificador do Filho de Deus, sua condenação eterna é certa. Todos os incrédulos terão a sua parte "no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte" (Apocalipse 21.8). 

Qual destas frases poderia ser escrita em seu túmulo: "MORREU SEM MISERICÓRDIA" (Hebreus 10.28), ou "MORREU NA FÉ" (Hebreus 11.13)? 


“Quem dera eles fossem sábios! que isto entendessem, e atentassem para o seu fim!” (Deuteronômio 32.29). 



“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6.23). 


“Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). O pregador da antiga escola nunca falou com voz mais forte, ou em tom mais solene, como falou pela morte de Jesus no Calvário. A santidade divina não podia ter em pouca conta o pecado. O tremendo castigo da nossa culpa — o salário do pecado em toda a sua realidade negra e terrível — caiu sobre o Substituto inocente. Ele tomou o nosso lugar na morte e condenação, para que nós tivéssemos o Seu lugar de aceitação e favor perante Deus. Você poderá morrer sem ter sido salvo, mas não morrerá sem ter sido amado.

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/116053400/Qual-o-Teu-Destino

Revelação

(Comentário Mateus 16:13-20)

Veja:

Áudio: http://www.stories.org.br/3minutos/64_Revelacao.mp3

O capítulo 16 do evangelho de Mateus é um divisor de águas no ministério de Jesus. Agora só falta o ato final para completar sua rejeição pelos judeus: o Messias ser condenado à morte por seu próprio povo. O capítulo 53 do livro do profeta Isaías estava para se cumprir e agora Jesus passa a preparar seus discípulos para a cena da cruz.

Ele pergunta a eles quem o povo acha que ele realmente é. João Batista, Elias, Jeremias ou algum outro profeta ressuscitado, respondem eles. Então ele quer saber a opinião dos próprios discípulos. É Simão quem responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Simão não fala de si mesmo, mas recebe uma revelação do Pai. Jesus é o Messias e Deus Filho. Homem algum pode concluir ou compreender isso a não ser por revelação divina. Jesus dissera um tempo antes que "Ninguém conhece o Filho senão o Pai" (Mateus 11:27).

As revelações não param aí. Dirigindo-se a Simão, Jesus diz: "Eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus".

Existe muita confusão sobre esta passagem porque as traduções usam a mesma palavra para "pedra" e "rocha". Eu acredito que Jesus se referia à afirmação de Pedro e a si mesmo ao falar de "pedra". Mas o melhor mesmo é perguntarmos a Pedro quem é essa pedra.

"Ei, Pedro, quem você acha que é a pedra?"


Pedro responde no capítulo 4 de Atos: "Este Jesus é a pedra". Depois, em sua carta chamada de 1ª Pedro, no capítulo 2 ele chama Jesus de "pedra viva", "pedra rejeitada", "pedra escolhida", "pedra preciosa", "pedra angular", "pedra de tropeço" e "rocha de escândalo". Bem, você não vai querer discutir com Pedro, vai?

Outra revelação é que Jesus edificaria a sua igreja, a igreja dele próprio, o que nos leva a duas conclusões importantes. Primeiro, o verbo está no futuro, "edificarei", o que mostra que a igreja não existia antes e nem mesmo naquele momento. Era algo futuro, o que nos remete ao capítulo 2 de Atos, que você pode ler por conta própria.

Outra coisa: Jesus diz "minha igreja". É dele, de mais ninguém. Quando você escuta algum padre, pastor ou líder religioso usar a expressão "minha igreja" para falar da organização que fundou ou do lugar onde congrega, aquela é a igreja dessa pessoa, não a de Jesus.

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/2008/11/64-revelao.html

terça-feira, 19 de março de 2013

Cinco Coisas que Andam Juntas

"NA VERDADE, na verdade vos digo que quem OUVE a minha palavra, e CRÊ naquele que me enviou, TEM a vida eterna, e NÃO ENTRARÁ em condenação, mas, PASSOU da morte para a vida" (João 5.24). 

Temos, neste versículo, cinco coisas preciosas. Preste bem atenção a elas: 
  1. OUVE 
  2. CRÊ 
  3. TEM 
  4. NÃO ENTRARÁ 
  5. PASSOU 
E note que AS CINCO ANDAM JUNTAS; ou seja, você não pode tomar TRÊS delas e deixar as outras duas, ou receber duas e deixar as outras três. ELAS SEMPRE ANDAM JUNTAS. 

É como se Deus dissesse: "Eis aqui, pobres almas ansiosas, aqui há um feixe de bênçãos para vocês". Agora leia o versículo uma vez mais, e se certifique de que não perdeu nada deste feixe. 

Mas parece que posso escutar você, alma ansiosa, dizendo: 

— Oh! Sim, eu sei disso; já li este versículo várias vezes; mas ainda não melhorei. De nada me adiantará lê-lo outra vez pois não me sinto salvo. 

— Eu estou muito contente por isso. 

— Contente? Por eu não poder afirmar que estou salvo? 

— Não! Contente por você não SENTIR-SE salvo. Veja, você está tentando incluir no feixe algo que Deus deixa fora, e quer deixar fora algo que Deus inclui. O "SENTIR-SE SALVO" não aparece em nenhum lugar do versículo. "A fé é pelo ouvir" (Romanos 10.17), e neste versículo o Senhor coloca primeiro o "OUVE", depois, o "CRÊ", então o "TEM", depois o "NÃO ENTRARÁ", e depois o "PASSOU". Você está tentando tirar o "CRER" e colocar o "SENTIR" em seu lugar. Por esta razão fico contente que tenha dito que você não SE SENTE SALVO, pois se estivesse experimentando alguns sentimentos agradáveis, e eu lhe perguntasse, "Você está salvo?", você responderia, "Sim". Então eu perguntaria, "Como você sabe disso?", e sua resposta seria, "Bem, eu sinto uma mudança, estou muito feliz"- Então, na primeira vez que nuvens escuras viessem turvar seu horizonte, seus sentimentos se desvaneceriam e você teria perdido seu Salvador. Dessa maneira você estaria considerando, não a CRISTO, mas aos seus SENTIMENTOS como sendo seu Salvador. Portanto, não inclua o que Deus deixou fora, e não diga que você já conhece tudo acerca deste versículo, pois tenho certeza de que não conhece estas cinco coisas que estão ligadas. Vamos examinar o versículo mais atentamente. Você já OUVIU a Palavra? 

— Sim, já ouvi. 

— E CREU nAquele que enviou a Cristo? 

— Sim, eu creio. 

— Bem, então diga-me em que você crê? 

— Eu creio que Deus enviou Jesus para tomar o meu lugar, e Ele morreu por mim, e eu O aceito como meu Salvador pessoal. 

— Realmente? 

— Sim. 

— Você tem certeza disso? 

— Sim, certeza absoluta. 

— Então você já OUVIU? 

— Sim, já. 

— E você CRÊ? 

— Sim, eu creio. 

— Então o que vem a seguir? 

"TEM a vida eterna." 

— Então VOCÊ tem a vida eterna? 

— Ah! Bem, você entende; eu não posso afirmar tal coisa. Se eu tão somente pudesse sentir-me seguro acerca deste ponto, então tudo estaria resolvido. 

— E o que você pensa que poderia fazê-lo sentir-se seguro? 

— Nem imagino. 

— Preste atenção; suponha que você tivesse alugado uma casa e não pudesse pagar o aluguel por vários meses. Então eu iria, pagaria tudo, entregando a você o recibo quitado. O que lhe daria a certeza do aluguel ter sido pago? 

— Oh, o recibo, é claro. 

— Exatamente. Então você iria SENTIR-SE feliz por SABER que seu aluguel foi pago, e se acaso o proprietário viesse cobrar novamente o aluguel, você não falaria a ele acerca de seus sentimentos, mas apenas apresentaria o recibo. E Deus está oferecendo Seu recibo a você, e você está fechando os olhos e querendo SENTIR isto ao invés de ler e crer. Pergunto; Você OUVIU? 

— Sim. 

— Você CRÊ? 

— Sim. 

— Então Deus diz que você TEM, e não que você ESPERA TER. "TEM a vida eterna" é a Palavra de Deus, e isto não é tudo: "NÃO ENTRARÁ em condenação" ou juízo. Todo o juízo caiu sobre Jesus, e o crente está nEle; "portanto AGORA NENHUMA CONDENAÇÃO HÁ para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8.1). Você nunca permanecerá diante do Grande Trono Branco para ser julgado por seus pecados; todo o juízo que você merecia foi carregado por Jesus na cruz, e Ele resolveu o problema de forma tão completa que Deus O ressuscitou dentre os mortos. O Senhor Jesus na glória é a prova de que a dívida está paga, e assim você nunca deverá entrar em julgamento, pois seus pecados já se foram de uma vez por todas. 

Porém não é tudo, pois há ainda mais uma coisa: "PASSOU da morte para a vida". Você estava em um estado do morte, "mortos em ofensas e pecados" (Efésios 2.1). Mas agora você PASSOU da morte para a vida; não PASSARÁ algum dia, mas PASSOU. Que glorioso é isto! Vivificados, ressuscitados, assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Efésios 2.5,6). Que feixe de bênçãos, e qualquer pobre pecador que OUVIU e CRÊ, recebe também as outras três coisas, pois todas elas vão juntas. Agora, alma ansiosa, você gostaria de receber as cinco? 

— Sim, certamente eu gostaria. 

— Você as receberia como suas? Então, ei-las aqui para você: "Quem OUVE a minha Palavra". Você ouviu? 

— Sim, ouvi. 

"E CRÊ nAquele que me enviou." Você crê? 

— Sim, eu creio. 

"TEM a vida eterna." Você a tem? 

— Sim, vejo que sim. 

"NÃO ENTRARÁ em condenação." Você será condenado? 

— Não, tenho certeza de que não serei condenado; agora posso enxergar isto. 

"PASSOU da morte para a vida." Você passou da morte para a vida? 

— Sim, vejo que sim. 

— Então você recebe as cinco coisas juntas? 

— Sim, eu as recebo. 

— Portanto você está salvo? 

— Sim. 

— Quando? 

Agora.

— Como você sabe disso? 

— Deus o diz neste versículo. 

— E para você a Palavra de Deus é suficiente? 

Sim, certamente

— Então, "TODO AQUELE QUE NELE CRER NÃO SERÁ CONFUNDIDO" (Romanos 10.11).

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Fariseus e Saduceus

(Comentário Mateus 16:5-12)

Veja:


Jesus chega ao outro lado do mar da Galiléia, e os discípulos estão preocupados por terem se esquecido de levar pão. Jesus diz para tomarem cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus, e eles pensam que está falando de pão.

Ele repreende a falta de fé dos discípulos, recordando as duas vezes em que multiplicou os pães. Eles tinham visto cinco pães alimentarem cinco mil homens, e sete pães alimentarem quatro mil, fora as mulheres e crianças. Na aritmética de Deus, menos alimenta mais. Mas o assunto aqui não é o fermento do pão, mas o ensino dos fariseus e saduceus.

Os fariseus eram extremamente religiosos e legalistas. O capítulo 12 do evangelho de Lucas diz que o fermento dos fariseus é a hipocrisia. Pessoas que coam mosquitos costumam engolir camelos e tentar parecer que estão de jejum. Os fariseus eram sepulcros caiados, bonitos por fora mas podres por dentro.

Os saduceus eram racionais. Negavam a existência de anjos e espíritos, a imortalidade da alma e a ressurreição do corpo, além do castigo eterno. Eram os céticos da época e hoje seriam muito bem vindos nas universidades e até em alguns cursos de teologia. Todavia ambos eram religiosos e pregavam a obediência aos mandamentos de Deus. Onde está o problema então?

Nos evangelhos você vai sempre encontrar exemplos de duas pessoas, coisas ou situações antagônicas representando salvos e perdidos. Nos exemplos e parábolas de Jesus não é o bom que vai para o céu e o mau para o inferno do ponto de vista moral. É o contrário.

Você encontra o fariseu e o publicano, o primeiro religioso e o segundo corrupto, no entanto é o segundo que é justificado. Tem o filho pródigo e rebelde que é justificado, e seu irmão que nunca saiu de casa que não é. Há pouco vimos a incredulidade dos religiosos judeus, herdeiros das promessas de Deus, e a fé da mulher descendente dos cananitas, que aceita ser comparada aos cães e é abençoada por Jesus.

Dá para perceber um padrão? Jesus veio salvar pecadores, não pessoas boas. Fariseus e saduceus acreditavam que podemos merecer alguma coisa de Deus se agirmos corretamente. No livro de Romanos o apóstolo Paulo fala que Deus justifica o ímpio, não o bom. Quando você tenta fazer algo para merecer a salvação, faz de Deus seu devedor, como se dissesse: "Ok, eu fiz minha parte, agora o Senhor faça a sua". Você não ousaria pensar assim se conhecesse o que realmente somos aos olhos de Deus e quem é Jesus.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Que Significa "Crer"?

MEU AMIGO, há multidões que creem no que ouvem acerca de Cristo e do Evangelho, mas que nunca creram confiadamente no Senhor Jesus. 

Talvez você diga: "O que quer dizer? Não me parece haver muita diferença"

Pelo contrário, existe uma diferença da máxima importância. Suponhamos que eu esteja a passear com um amigo numa das ruas principais de alguma grande cidade. O meu amigo me diz: "Você vê aquele grande edifício na esquina, com uma tabuleta de metal?" Respondo afirmativamente. "Bem; é ali que fica o maior especialista em doenças do coração. Vêm doentes de todos os pontos do país para consultá-lo. Os seus êxitos têm sido grandes e numerosos." Nesta altura, o famoso médico sai do edifício e entra em seu carro, pelo que tenho oportunidade de vê-lo. 

Felizmente, o meu coração funciona muito bem. Acredito em tudo o que meu amigo me informou acerca do médico, mas a informação não tem para mim importância pois não necessito dos seus serviços clínicos. 

Suponhamos, porém, que poucas semanas depois desta conversa, eu adoeça de repente, com forte crise cardíaca. Lembro-me logo daquele médico; mando chamá-lo e coloco-me sem reserva em suas mãos, recuperando assim a saúde. Agora já conheço o médico; conheço a sua perícia, e quando falo dele, é com ânimo, pois estou grato por aquilo que me fez. Em resumo: entreguei o meu caso ao médico e descansei confiando em sua sabedoria e capacidade; enquanto que antes apenas acreditava no que ouvira acerca dele. 

Vamos ainda supor que o leitor e eu estamos passeando à beira mar, num lindo dia de verão. Vemos na praia um barco salva-vidas. Admiramos a sua construção forte, as suas linhas elegantes e o equipamento e condições que possui para salvar vidas. Em resumo, acreditamos em tudo quanto ao barco. Mas não necessitamos ser por ele socorridos, pois não nos encontramos em perigo de morrer afogados. Mas suponhamos que, seis meses depois, nos encontramos no convés de um navio prestes a afundar, e nossa única esperança de sermos salvos de morrer afogados é aquele barco salva-vidas. Que diferença em nossa atitude para com esse barco, quando o vemos se aproximar, tripulado por homens dedicados e corajosos. Com que grande alívio entramos nele e somos salvos! Não só acreditamos o que ACERCA dele nos consta, mas agora depositamos NELE a nossa confiança. 

Em 1859 o célebre francês Blondin atravessou as Cata ratas do Niágara andando sobre um cabo esticado e, depois, ofereceu-se para tornar a fazer a travessia com qualquer pessoa às costas. Muitos acreditaram que ele era bem capaz de fazê-lo sem perigo algum, mas houve apenas um homem que aceitou o convite.

O Sinal de Jonas

(Comentário Mateus 16:1-4)

Veja:


Os incrédulos fariseus e saduceus pedem a Jesus um sinal do céu. Fariseus e saduceus eram duas seitas dos judeus que não concordavam entre si, mas que se uniram contra Jesus. Um sinal do céu? Se você já leu os evangelhos ou acompanhou esta série até aqui irá concordar que só faltava o céu cair na cabeça deles.

Aqueles que sabiam interpretar o aspecto do céu para fazer a previsão do tempo, eram incapazes de interpretar os sinais dos tempos para identificar aquele que veio do céu. 

Todos os sinais de que precisavam estavam diante deles e podiam ser conferidos pelos livros dos profetas que previram a vinda de Cristo. Eles assistiam um replay ao contrário. Todos nós gostaríamos de viajar ao passado para conhecer algum personagem dos livros de história. Ali era o contrário. Por séculos os judeus leram sobre o Messias nos livros dos profetas e agora se recusavam a crer no próprio, bem ali na frente deles.

Sinais e milagres não são suficientes para mudar um coração endurecido. Quando você não quer crer, não existe argumento que o faça mudar de idéia. Não é uma questão de evidência, é uma questão de vontade.

Havia mais uma profecia do Antigo Testamento que estava para se cumprir, e aqueles mesmos religiosos teriam parte ativa nela quando entregassem o seu Messias à morte. Era o que Jesus chamava de sinal de Jonas, que foi engolido por um grande peixe e saiu vivo de suas entranhas. Ele seria engolido pela morte e ressuscitaria no terceiro dia.

Mas nem todos eram como aqueles religiosos. Se por um lado você encontra a incredulidade e oposição dos religiosos judeus, por outro você encontra pessoas que aguardavam pelo Messias e viram em Jesus a concretização de suas expectativas.

Alguns viram isso tão logo tiveram o menino Jesus em seus braços. Outros foram comparar sua vida e milagres com o que tinha sido escrito pelos profetas do Antigo Testamento e creram nele. É provável que alguém, ao ver aquele homem ensanguentado pregado numa cruz como um animal sacrificado, tenha se lembrado do que dissera João Batista, o precursor do Messias: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

Aquilo que, para as pessoas daquele tempo, era a concretização dos oráculos de Deus, para você agora é história. Mas crer continua sendo uma questão de vontade. Você acredita em tanta notícia ruim que vê nos jornais e na TV e não vai crer nas boas novas de que Cristo morreu e ressuscitou para salvar você? Ser incrédulo não significa não ter religião. Há muitas religiões que levam as pessoas à incredulidade por alimentarem seus fiéis com fermento, como veremos a seguir.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Contraste Entre a Lei e a Graça

“A LEI foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1.17). 

“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.4). 

“E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados por Ele é justificado todo aquele que crê” (Atos 13.39). 

Os dois princípios são distintos, e estão em nítido contraste um com o outro, não podendo ser harmonizados, nem acrescentados um ao outro. A lei torna a minha situação dependente daquilo que sou em relação a Deus. A graça faz tudo depender daquilo que Deus é para mim

A lei exige; a graça oferece. 

A lei condena; a graça justifica. 

A lei amaldiçoa; a graça abençoa. 

A lei conserva em escravidão; a graça liberta o crente. 

“Porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Romanos 6.15). 

A lei diz: "Farás". A graça diz: "Está feito"

A lei exige do homem justiça. A graça veste o homem com a justiça de Deus

Tal como Deus fez túnicas de peles para vestir a Adão e Eva, assim a morte expiatória do Cordeiro de Deus cobre o crente é "o melhor vestido" (Lucas 15.22); a "justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem" (Romanos 3.22). 

O nosso Substituto, que nunca pecou, foi feito "pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5.21); "agradáveis a Si no Amado" (Efésios 1.6). "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8.1). "Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Coríntios 5.17). 

Acrescentando a Lei à Graça! 

Se, depois de Deus haver feito para Adão e sua mulher aquelas túnicas de peles tão belas e duradouras, continuassem a fazer aventais de folhas de figueira; ou se tentassem adicionar às túnicas algum melhoramento, da sua própria imaginação, o que se pensaria deles? Contudo, é justamente isto que muitos, que se intitulam cristãos, estão fazendo. Já nos primeiros dias da Igreja o faziam; mas escute, leitor: 

“Ó insensatos gálatas! quem vos fascinou?... Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?... Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por nós... Estai pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão... Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei: da graça tendes caído" (Gálatas 3.1,3,13; 5.1,4). 

Falsos irmãos, que ensinavam ser indispensável observar a lei, tinham perturbado os crentes, pervertendo o evangelho da graça de Cristo. Ensinavam ser obrigatório observar a lei. (veja Atos 15.1-11,24; Gálatas 1.6,7; 2.4,16; 5.10,12). 

Adão e Eva foram mais sensatos. Não mereciam, nem tiveram de trabalhar para obter as túnicas de peles, nem acrescentar qualquer coisa à dádiva de Deus. Tinham trabalhado em vão para encobrir sua culpa. Agora só lhes restava agradecer a Deus a Sua graça para com eles. Então, depois de terem sido vestidos por Deus, podiam manifestar o que Deus tinha feito para beneficiá-los. 

As nossas obras nunca podem ser o meio da nossa salvação. Mas, depois de sermos salvos por fé na obra de Cristo, a nova vida há de se manifestar em boas obras, como evidência do fato de sermos novas criaturas. "Eu te mostra rei a minha fé pelas minhas obras" (Tiago 2.18). Certamente que aqueles que creem em Deus devem procurar "aplicar-se às boas obras" (Tito 3.8), "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2.10). 

Não vou trabalhar, minh’alma pra salvar, 
Pois Cristo essa obra completou; 
Mas prontamente irei, com alegria trabalhar, 
Pra Quem a minha alma resgatou.

Migalhas

(Comentário Mateus 15:21-28)

Veja:



Depois de seu encontro com os fariseus, que eram judeus genuínos e tinham direito às promessas de Deus feitas no Antigo Testamento, Jesus sai das terras de Israel e vai para a região de Tiro e Sidom. Uma mulher cananeia aparece gritando: "Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!". Ela pede que ele cure sua filha.

Filho de Davi era o título que indicava a conexão de Jesus com Israel. Uma cananeia não podia chamá-lo assim, querendo parecer israelita. Um estrangeiro não pode pleitear direitos que são exclusivos dos cidadãos.

Os discípulos querem livrar-se dela, mas Jesus tem outros planos. Primeiro ele explica que foi enviado às ovelhas perdidas de Israel, não aos gentios, que não faziam parte da aliança de Deus com os judeus. Mesmo assim a mulher suplica, deixando de lado o título "Filho de Davi", e diz simplesmente "Senhor, ajuda-me!".

Jesus quer ver até onde a mulher está disposta a abrir mão de tudo para salvar sua filha. Por que você acha que ele saiu de sua terra se não fosse para ajudar um estrangeiro? Ele diz que não é certo tirar o pão dos filhos para lançá-lo aos cachorrinhos. Os judeus consideravam os não judeus como cães impuros. 

Deus prova a nossa fé para ver o quanto de confiança própria ainda resta em nós. A mulher aceita ser colocada no mesmo nível dos cães, mas alega que até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. 

Pronto, Jesus fica satisfeito e diz a ela: "Mulher, grande é a sua fé! Seja conforme você deseja". Imediatamente sua filha é curada.

Não há salvação sem humilhação. Você não será salvo enquanto achar que merece ou tem algum direito. Não tem. Deus quer salvar porque ele quer, não porque você exige ou faz algo para merecer. É por isso que se chama graça, que é um favor imerecido. O empecilho à salvação não é o seu pecado; é a sua justiça própria.

Se a salvação é de graça isso é só porque Cristo morreu para pagar pelos seus pecados na cruz e ressuscitou. Enquanto você se achar mais do que um simples vira-lata não saberá o que é graça. Eu sei, isso é péssimo para o ego, mas é também do ego que Jesus quer libertar você.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Aventais de Folhas ou Túnicas de Peles?

A PRIMEIRA COISA que nos consta ter sido feita pelo homem foi um avental. Depois de Adão e Eva terem pecado, e a consciência lhes ter feito sentir a sua culpa, e a vergonha da sua nudez, "coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais" (Gênesis 3.7), procurando assim tornarem-se apresentáveis perante Deus, e esperando que os seus sinceros esforços merecessem a Sua aprovação. 

Ora é precisamente isto que tanta gente se esforça por fazer. Dizem: "Faço o melhor que posso", "procuro respeitar os mandamentos da lei de Deus", "procuro seguir os exemplo de Jesus", etc. Esforços humanos! Esforços religiosos! O homem está sempre disposto a fazer o que quer que seja para evitar confessar a Deus a sua culpa. Tais aventais são muito apreciados entre os homens; porém, aos olhos de Deus são uma abominação. "Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque, o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação" (Lucas 16.15). "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo de imundícia" (Isaías 64.6). 

Deus não Se agradou dos aventais de folhas de figueira; mas, vejamos o que Ele fez: "E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles e os vestiu" (Gênesis 3.21). Foi isso, graça divina. Essas túnicas de peles são belas aos olhos da fé, pois nos falam da provisão gratuita e misericordiosa de Deus a favor dos pecadores, na morte de Cristo, "o Cordeiro de Deus" (João 1.29). 

Adão e Eva não tinham se lembrado da única coisa de suma importância, a saber: confessar humildemente a sua condição de culpados perante Deus, e reconhecer que lhes era devido o juízo e a morte. 

“Cristo morreu por nossos pecados” (1 Coríntios 15.3). Medite nEle pregado lá na cruz, prezado leitor; desista dos seus esforços religiosos. "Estai quietos e vede o livramento do Senhor" (Êxodo 14.13). "Está consumado" (João 19.30). A obra foi perfeita e gloriosamente completa. "Nada se lhe deve acrescentar" (Eclesiastes 3.14). Aceite, pois, esta dádiva divina, prezado leitor, a obra de Cristo já consumada "para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez" (Apocalipse 3.18). "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (Salmo 32.1

Quão melhor é a salvação de Deus do que os aventais dos homens? "Vão é o socorro do homem" (Salmo 60.11). "Nem se poderão cobrir com as suas obras" (Isaías 59.6). "Todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia" (Isaías 64.6). Deus não pode aceitar as obras de quem quer que seja, mas quer que todos aceitem a obra de Seu Filho. 

Se Deus tivesse visto com complacência a tentativa de Adão e Eva de fazerem para si aventais, ou apenas mandasse que fizessem outros com maior perfeição, isso estaria de acordo com o pensamento da maioria. Pois nada há que tenha mais popularidade no mundo religioso do que a ideia errônea de que ao homem compete cumprir determinadas obras religiosas para merecer a salvação. Isto está profundamente arraigado na natureza humana. Por mais que tal ideia se refute, ela sempre aparece de novo, impondo-se de uma maneira ou de outra. 

Essa tendência irrequieta, de querer fazer qualquer coisa, em vez de aceitar o dom gratuito de Deus, baseia-se no fato de que o homem não gosta de se reconhecer culpado, ou seja, de confessar-se desesperadamente arruinado, irremediavelmente perdido, e completamente incapaz de fazer seja o que for que possa contribuir para a sua própria salvação. No entanto, o homem sempre prefere fazer tal tentativa! 

“Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça" (Romanos 10.3), os homens negam a declaração feita por Deus, que "não há um justo, nem um sequer... não há quem faça o bem, não há nem um só" (Romanos 3.10,12). Em outras palavras, não reconhecendo a sua necessidade das "túnicas de peles" que o próprio Deus oferece, tentam coser folhas de figueira e fazer para si aventais. 

O povo de Israel estava decidido a fazer alguma coisa: "Todo o povo respondeu a uma voz, e disseram: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos" (Êxodo 19.8). Desconheciam a sua própria natureza. Por isso Deus lhes deu os dez mandamentos, a fim de lhes demonstrar quão pecaminosa era a sua índole. Tal como o espelho mostra a sujeira do rosto, assim, "pela lei veio o conhecimento do pecado" (Romanos 3.20). A lei tão somente pôde condenar; foi o "ministério da condenação" (2 Coríntios 3.9), pois que todos são pecadores culpados, pelo que o persistir em esforçar-se por se apresentar com merecimento, apenas resulta em aumentar a culpabilidade. Por isso está escrito: "Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida" (Romanos 4.4). "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou" (Tito 3.5). "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé... não vem das obras" (Efésios 2.8,9). "Não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu próprio propósito e graça" (2 Timóteo 1.9). De maneira que é evidente que não servem os aventais dos homens.

Alguns acreditam com sinceridade que precisam invocar o auxílio de Deus para aperfeiçoar as obras que fazem em benefício da sua própria salvação. Citam as palavras de Filipenses 2.12,13: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós". Ora, se o apóstolo Paulo tivesse dito "operai a favor da vossa salvação", ou "operai pela vossa salvação", teria de fato tal significação. Porém "operai a vossa salvação" são palavras dirigidas àqueles que já possuem a salvação, e também o Espírito Santo de Deus, para que apliquem a salvação à vida prática, nos conflitos que todos os dias terão que enfrentar. Outro versículo muitas vezes citado, "a fé sem as obras é morta" (Tiago 2.20), serve de repreensão para aqueles que dizem ter fé, mas não dão qualquer sinal disso. 

O certo é que o esforço humano e a graça celestial nunca podem se ligar, de comum acordo; nisto são semelhantes à água e ao óleo. "Mas se é por graça, já não é pelas obras: de outra maneira, a graça já não é graça" (Romanos 11.6). Importa que Cristo tudo tenha feito, para que a Ele seja dado todo o louvor.

“Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.9). 

Se a salvação fosse ganha pelas obras, então no Céu cantar-se-ia: "A nós que temos feito o melhor que podemos, seja a glória para todo o sempre!" Mas, em Apocalipse 1.5,6 e 5.9, todo o louvor é atribuído "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados... a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém".

Certamente há muitos que nunca se sentiram pecadores perdidos; são pessoas tão boas e amáveis, mas que se torcem como se alguém estivesse a torturá-las quando proclamamos a graça, e tão somente a graça, como único e indispensável meio de salvação. Amigo, rogo-lhe que esquadrinhe o seu coração para ver se tal reação não se encontra escondida ali!

Tradição

(Comentário Mateus 15:1-20)

Veja:

Áudio: http://www.stories.org.br/3minutos/60_Tradicao.mp3

O ditado diz que depois do temporal vem a bonança. Aqui não. Depois do temporal do capítulo 14 do evangelho de Mateus vem outro tsunami de hipocrisia dos religiosos fariseus do capitulo 15. Jesus fala agora de dois enganadores: a tradição e o coração.

O Antigo Testamento ensinava que os judeus deviam praticar rituais de purificação, caso fossem contaminados pelo contato com um corpo morto ou um alimento impuro, por exemplo. Ninguém podia adorar a Deus sem se purificar . Mas os judeus acabaram criando extensões desses rituais, acrescentando uma série de rituais que Deus jamais ordenara.

O ritual de lavar as mãos antes de comer era um deles e acabou virando tradição e ganhando status de Palavra de Deus. Hoje existem cristãos que seguem as tradições de cristãos do passado e dão a elas mais importância do que à Palavra de Deus. Vale para esses a mesma repreensão que Jesus faz aos judeus.

Por mais higiênica que fosse a tradição, pois os judeus não usavam talheres para comer, era errado transformá-la em mandamento de Deus. Jesus responde que quem segue as tradições de homens anula a verdadeira Palavra de Deus. É um hipócrita, que adora só da boca para fora, enquanto seu coração continua longe de Deus.

Jesus explica aos fariseus que não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai dela, o que vem do coração, que é a origem dos maus pensamentos, imoralidades, calúnias... São essas coisas que tornam o homem espiritualmente impuro, e não o comer sem o ritual de lavar as mãos.

Se a religião que você segue é baseada na tradição, é provável que esteja sendo enganado como eu fui. Quando comecei a verificar na Bíblia o que dizem as religiões descobri que a religião na qual fui criado tinha transformado os dez mandamentos dados a Moisés em nove. Para a conta bater dividiram o último mandamento em dois, e era essa a versão que aparecia sob o título "Os Dez Mandamentos" no catecismo que eu lia quando criança.

Outra coisa: nunca siga o seu coração. A Bíblia diz que o coração é a coisa mais enganosa e corrupta que existe. É, eu sei que a música diz "Follow your heart" e os escritores de auto-ajuda mandam você crer em si mesmo. Tradição e coração são como os fariseus: guias cegos. Você quer mesmo seguir essas coisas?

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/2008/10/60-tradicao.html

sábado, 2 de março de 2013

Exemplo ou Substituto?

HÁ ALGUM TEMPO, no final de uma pregação do evangelho em Germantown, nos Estados Unidos, um dos ouvintes dirigiu-se ao Dr. D. M. Stearns, dizendo: 

— Não gosto de sua mensagem. Não dou importância nenhuma à Cruz. Acho que, em vez de anunciar a morte de Cristo na cruz, seria bem melhor proclamar Jesus, como Mestre e Exemplo. 

— Se lhe falasse de Cristo como o Exemplo, você estaria pronto a segui-Lo? — perguntou o Dr. Stearns. 

— Sim, estaria pronto — respondeu o outro — seguiria Seus passos. 

— Vamos tomar, então, o primeiro passo — disse o Dr. Stearns. — "O qual não cometeu pecado" (1 Pedro 2.22). O amigo pode dar este passo? 

— Isso não — respondeu o outro com evidente confusão — pois eu peco, e confesso a minha falta. 

— Neste caso — disse o Dr. Stearns, — sua primeira necessidade quanto a Cristo, não é como Exemplo, mas sim como Salvador. 

E todos têm idêntica necessidade. "Porque TODOS pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados GRATUITAMENTE pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação PELA FÉ no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua JUSTIÇA neste tempo presente, para que Ele seja justo e JUSTIFICADOR daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.23-26).

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/116053400/Qual-o-Teu-Destino

O Temporal

(Comentário Mateus 14:22-33)

Veja:

Áudio: http://www.stories.org.br/3minutos/59_O_temporal.mp3

Na última parte do capítulo 14 do evangelho de Mateus Jesus insiste com seus discípulos para que sigam de barco até o outro lado do mar da Galiléia. A noite vem e uma tempestade atinge o barco. Enquanto isso Jesus está sobre um monte orando sozinho.

Os discípulos lutam contra as ondas sem saber que Jesus está atento e preocupado com eles. Por isso vai ao encontro deles caminhando sobre o mar revolto.

Aquele que tinha alimentado uma multidão nem precisaria descer do monte para dar um jeito na tempestade. Mas Jesus quer assegurar aos seus que ele sabe o que estão passando e que tem o vento sob o seu comando e as ondas sob os seus pés.

Os discípulos o vêem e gritam. Pensam ser um fantasma. Ficam mais apavorados com ele do que com a tempestade, e é esse o medo de muita gente: encontrar-se com Jesus. As pessoas temem porque têm culpa no cartório, mas acaso não é ele o mesmo que veio aqui pagar por nossas culpas e limpar nosso nome no cartório de Deus? O que você deve temer, isto sim, é continuar longe de Jesus.

Ao se reconhecer um pecador culpado, que merece a condenação e é incapaz de saldar sua dívida para com Deus, você já começa a descer do barco da confiança própria. O próximo passo é crer que só em Jesus há salvação; que a morte dele é o cumprimento da sentença que você deveria receber. Mas não vai mais.

Ao crer em Jesus, os seus pecados são perdoados, sua culpa eliminada e seu crédito aos olhos de Deus recuperado. Deus deposita em sua conta aquilo que vê em Cristo. Você é justificado.

Pedro é ousado e diz a Jesus: "Se é você mesmo, então me manda ir ao seu encontro". Jesus responde: "Venha". Se Jesus diz a você para ir ao encontro dele é porque ele cuida de tudo para que isso aconteça. Assim como era impossível a Pedro andar sobre as águas sem Jesus, é impossível você ir a ele se não for pelo poder que emana dele próprio.

É impossível ser cristão sem Cristo. É impossível ir a Deus se não for através de Jesus. Sim, as ondas das circunstâncias podem nos fazer tirar os olhos de Jesus, mas sempre há uma mão estendida quando gritamos, como Pedro fez, "Senhor, me salva!". Pedro continua no mar agitado, mas agora a sua mão está segura na mão de Jesus. Quando voltam ao barco a tempestade desaparece. Os discípulos adoram a Jesus. Você alguma vez pensou em adorar a Jesus, como Deus? É o que ele é.

Mario Persona. Fonte: http://www.3minutos.net/2008/10/59-o-temporal.html

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