domingo, 19 de agosto de 2012

As "Boas Novas" do Homem

Vamos nos colocar um pouco acima das cataratas do Niágara. Repare como o rio corre tranquilo! Plano como um vidro, e quanto mais perto das quedas, mais plano ele fica. Um barco é visto descendo pela corrente. Há dois homens nele. Eles escutam o crescente bramido das pavorosas quedas. Um está consciente de seu perigo: mais alguns minutos e o barco despencará. O outro parece estupefato. Ambos estão igualmente perdidos; ambos estão no mesmo barco navegando tão suavemente rumo à completa destruição. Agora chame-os; tente anunciar-lhes o evangelho do homem (que diz que você pode se salvar pelos próprios esforços). Diga a eles que abandonem aquele barco; que deixem aquele poderoso rio; que venham para a margem antes que despenquem, e que, se fizerem assim, você irá ajudá-los! Homem, você está lhes dizendo para fazer o impossível. Porventura não será isto zombar deles? Porventura não é cruel zombar deles desse jeito? Em um ou dois minutos eles estarão acabados. O que é preciso é poder para salvá-los.

Acaso não está o pecador, na correnteza do tempo, despencando para uma destruição muito pior? Sim, ele dirá, o poder do pecado me carrega. Ele desperta para seu perigo, para a morte e o juízo ao alcance da mão. Ele escuta o bramido; mas será que pode salvar-se a si próprio? Será que pode sair do rio? Se puder, não precisa de um salvador. Uma boa notícia, para aquele homem descendo pela correnteza fatal, seria chamá-lo e assegurar-lhe que há Alguém pronto e capaz de salvá-lo completamente. Sim, e é assim que Deus fala ao pecador que está perecendo perdido e culpado: "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". (Rm 10.13)

Tome outro exemplo. Você escuta o súbito clamor de "Fogo, Fogo!" Você não anda mais que poucos metros e vê um prédio incendiando-se. As chamas saem de todas as janelas do andar de baixo. Sabe-se que há algumas pessoas no quarto andar, as quais encontram-se dormindo ou desmaiadas pela fumaça. Se elas tiverem poder para escapar, não há necessidade de se tentar um resgate. Mas a escada é colocada de forma a alcançar a janela. Veja agora aquele hábil e corajoso bombeiro. O que é que ele faz? Será que meramente diz aos de dentro que devem primeiro sair da casa incendiada que, então, irá salvá-los? Não; ele sobe pela escada, quebra a janela, e entra na cena do perigo. Ele os traz para fora: estão salvos.

O mesmo acontece em uma tempestade no mar. O navio avariado está afundando rapidamente para sua final destruição, levando consigo sua pobre tripulação. De que serviria um barco que fosse salvá-los, se o capitão deste permanecesse, de longe, gritando para aqueles homens que perecem, que devem primeiro abandonar o navio destroçado e nadarem até a praia, para, então, serem salvos pelo salva-vidas? Assim é o evangelho do homem. O homem deve primeiro salvar-se a si próprio; e então Cristo o salvará. E o mais estranho é que os homens adorem e aceitem uma tolice como essa.

Todavia, o evangelho de Deus é totalmente oposto a isso: Ele enviou Seu Filho amado para buscar e salvar o que estava perdido. Sim, PERDIDO, assim como aqueles no barco, tão perto das ensurdecedoras cataratas. PERDIDOS, como os moradores do prédio incendiado. PERDIDOS, como aquele marinheiros afundando com os escombros de seu navio. Sim, se os homens tão somente soubessem, e reconhecessem sua condição de perdidos e incapazes, eles reconheceriam que o evangelho do homem é uma completa tolice que ordena que eles se salvem a si mesmos e que, só então, Deus irá salvá-los.

Tome mais esta ilustração. Um homem foi julgado e considerado culpado. Ele está agora preso e condenado. Será que você iria dizer-lhe para sair daquela cela; para abandonar seus pecados, suas algemas, a prisão, e a sentença que já lhe foi dada; e então, mas só então, ele seria perdoado? Não seria isto uma cruel zombaria para um homem naquelas condições? Todavia é esta a verdadeira condição do pecador e, portanto, "não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê". (Rm 1.16) A pergunta no coração daquele que descobre que está navegando em direção à queda, ou aos recifes, ou que é um pecador culpado sob o juízo e sem forças para suportá-lo, é esta: Como posso ser salvo? Como eu, um pecador condenado, posso ser justificado?

Charles Stanley. Fonte: http://pt.scribd.com/doc/104720029/Vida-Atraves-Da-Morte

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